O Legado da Reforma Protestante
O justo viverá por fé (Rm. 1.17).
Henrique de Souza Ribeiro
6/4/20243 min read


Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher (Jo. 4.39).
No prefácio e saudação aos Romanos, o apóstolo Paulo se apresenta como sendo “chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, o qual foi por Deus, outrora prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, com respeito ao seu Filho” (Rm. 1.1-3). Essa promessa de Deus desde o Antigo Testamento (Gn. 3.15) é a boa notícia a respeito do seu Filho que reconciliaria o homem com Deus. Evangelizar, portanto, é anunciar a mensagem de Deus que “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm. 1.16) e que Paulo não se envergonhava de pregar. Essa mensagem se converte em Jesus Cristo, o qual cumpriu toda a promessa de Deus. Jesus é a boa notícia que o homem precisa ouvir.
Sendo assim, evangelizar é preciso, ou melhor, é imperativo. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt. 28.19-20). Essa Grande Comissão foi dada pela autoridade de Cristo. É uma ordem universal e cumprimento da promessa de que em Abraão seriam benditas todas as famílias da terra (Gn. 12.3).
Na passagem do encontro com uma samaritana na fonte de Jacó (Jo. 4 1.42), a mulher foi impactada pelas palavras de Jesus o qual apresentou o dom de Deus e ainda revelou quem ela era. A mulher reconhece Jesus como sendo um profeta e, mesmo sendo samaritana, aguardava a vinda do Messias, chamado Cristo, o qual, quando viesse, anunciaria todas as coisas. Jesus, portanto, se revela: Eu o sou, eu que falo contigo (Jo. 4.26). Ao ser alcançada pela boa notícia da salvação, a pessoa passa a falar naturalmente, com alegria, entusiasmo a respeito das suas experiências com Cristo: “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo? Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele” (Jo. 4.29-30).
Evangelização é fruto da obediência a Deus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo. 20.21). Cada cristão deve fazer a sua parte na evangelização anunciando o convite de Deus aos pecadores para que entrem na vida eterna, voltando-se para Cristo por meio do arrependimento e fé. Evangelizar também é fruto do amor ao próximo, uma vez que o próprio Deus amou ao mundo de tal maneira enviando o seu Filho para buscar e salvar o perdido. Agindo desta forma, com compaixão, liberalidade, as pessoas darão crédito à pregação do evangelho que anuncia um Salvador que foi capaz de dar a sua própria vida a favor de pecadores transformando-os naqueles que amam a Deus e ao próximo como a si mesmos.
O Espírito Santo é quem nos capacita a pregar o evangelho: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas” (At. 1.8). Devemos entender que somente após a capacitação do Espírito Santo é que verdadeiramente temos condições de pregar o evangelho. Essa capacitação do Espírito Santo é dada àqueles que já nasceram da água e do Espírito, ou seja, foram regenerados. Por entendermos que estávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas que, agora, fomos alcançados pela graça de Deus, e, diante da revelação do que éramos antes de Cristo e de que o que agora nós somos em Cristo Jesus, nos leva a pregar o evangelho, a anunciar a boa notícia, o evangelho da Salvação, a todas as pessoas. Passamos a viver uma vida semelhante aos novos convertidos da igreja primitiva “louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos” (At. 2.47).
"Erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo. 4.35). O tempo de pregar o evangelho é agora. Os campos já estão prontos para a ceifa. Pois um é o semeador e o outro é o ceifeiro. O Espirito Santo já preparou o campo e o ceifeiro vai colher o que não semeou. Deus já fez a parte dEle e você, fará a sua? Também devemos orar para que Deus acrescente mais trabalhadores à sua seara (MT. 9.38).
