Não Matarás – O Sexto Mandamento

Texto Base: Não matarás (Ex. 20.13)

Henrique de Souza Ribeiro

5/30/20243 min read

Não matarás (Ex. 20.13)

Na vida, diariamente, enfrentamos problemas direta e indiretamente. Problemas enfrentados pelas pessoas diretamente podem ser: doenças físicas e mentais, dificuldades financeiras, desemprego, vícios, entre outros. Os problemas enfrentados indiretamente podem ser: serviço público de saúde (SUS) precário – culpa dos governantes; poluição das indústrias – culpa dos empresários; (sensação de) insegurança – culpa dos governantes.

O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos, diz que: “por amor de Ti, somos entregues à morte o dia todo” (Rm. 8.36), as palavras do apóstolo ecoam como um clamor a Deus por parte daqueles que sofrem inocentemente – Paulo cita o Salmos 44 dos filhos de Corá. Naquele tempo, apesar das dificuldades e derrotas, o povo de Israel havia permanecido fiel a Deus. Tomando como padrão o cristianismo, parece que o mundo está de cabeça para baixo e o povo de Israel (repito, naquele tempo) e, nós, hoje, continuamos sendo derrotados direta e indiretamente; “somos considerados como ovelhas para o matadouro”, conclui o salmista.

Na edição de Julho/18 do Barroso em Dia, 07/07/18, voltou à tona o caso do assassinato da jovem Eloíza, 21 anos. Quem matou Eloíza? Dizia a reportagem. Qual o motivo? Ciúmes, inveja, premeditado, sim ou não, ou súbito de raiva?

No dia 20/09, o Ministério da Saúde informou um dado alarmante: uma morte por suicídio a cada 46 minutos. O que leva uma pessoa a tirar a própria vida?

O fato é que vários fatores culminam no descumprimento do sexto mandamento: Não matarás. Em resumo: algo indiretamente persuade a descumprir o mandamento de Deus relacionado à vida.

Com base no Catecismo Maior de Westminster (P.134), o sexto mandamento tem como, não se limitando a apenas estes, os seguintes deveres:

· Todo o cuidado e todos os esforços para preservar a nossa vida (Ef. 5.28-29 e Mt.10.23);

· E preservar a vida dos outros (1 Rs. 18.4);

· Resistência a todos os pensamentos e propósitos (Gn. 49.6);

· Controle de todas as paixões (Ef. 4.26). Devemos abandonar todo desejo de vingança;

· Evitação de todas as ocasiões, tentações e práticas que tendem a tirar a injustamente a vida de alguém (Gn.37.21-22);

· Por meio da justa defesa dela contra a violência (Pv. 24.11-12). Aqui, o rei Salomão adverte a não nos tornarmos cúmplices da violência;

· Por paciência em suportar a mão de Deus (Tg. 5.10-11);

· Devemos confortar e socorrer os aflitos, protegendo e defendendo os inocentes (1 Ts.5.14; Mt. 25.35-36; Pv.31.8-9);

Quais são os pecados proibidos?

· Tirar a nossa própria vida (At.16.28) e a de outrem (Gn.9.6). Exceto no caso de justiça pública (Rm 13.4), guerra legítima (Hb.11.32-34) ou defesa necessária (Ex.22.2);

· Negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários para a preservação da vida (Mt.25.42-43; Tg.2.15-16);

· A raiva pecaminosa, o ódio, a inveja, o desejo de vingança;

· Todas as paixões excessivas (Tg.4.1; Ef.4.31);

· E tudo o que tende à destruir a vida de alguém (Ex.21.18-36);

No filme O Vendedor de Sonhos, baseado no livro de mesmo nome de Augusto Cury, um psicólogo decepcionado com a vida, tenta o suicídio, mas é impedido de cometer o ato por um mendigo. Do alto de um prédio os dois conversam e o mendigo relata um dado ainda mais assustador: "a cada 4 segundos alguém tenta suicídio" e continua... "o suicida é um assassino, ele se mata primeiro, claro, mas ele acaba matando todos aqueles que ficam vivos: família, os filhos... os suicidas não querem se matar, querem matar a sua dor!" Eu vendo o que o dinheiro não pode comprar, diz o mendigo: coragem para os inseguros, ousadia para os fóbicos, sensatez para os incautos. E para os suicidas, pergunta o psicólogo, o que você vende? Uma vírgula, uma pequena vírgula, responde o mendigo, para que continuem escrevendo a sua história mesmo quando o mundo se desaba sobre eles.

Para os homicidas, assassinos e suicidas, há aquele que pode mudar a sua história: Jesus Cristo! Para uma vida de paz, o apóstolo Paulo convida os seus leitores para uma vida de obediência: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco” (Rm 4.8-9).

Jesus Cristo: o único que pode mudar a sua história

Que Deus nos abençoe.