A Suficiência de Cristo
“agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis” (Cl.1.22).
Henrique de Souza Ribeiro
5/24/20242 min read


“agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis” (Cl.1.22).
A cidade de Colossos, nos dias antigos, durante o período helenístico caracterizado pelo ideal de Alexandre, o Grande, de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava, era próspera, abundante e adquiriu certa importância mercantil principalmente na produção de lã e de uma localização privilegiada na rota comercial entre a cidade de Éfeso e o rio Eufrates. No entanto, nos dias do apóstolo Paulo, a cidade de Colossos perdeu a sua importância comercial com o crescimento de duas cidades no vale do Lico: Laodiceia e Hierápolis.
Quanto à igreja em Colossos, a mesma foi fundada por Epafras, um pregador cristão que espalhou o evangelho a seus concidadãos colossenses. Quando Paulo era um prisioneiro em Roma, Epafras foi se encontrar com ele e orar pelas igrejas do vale do Lico. Possivelmente, nesse tempo, relatou a Paulo sobre um estranho ensinamento que misturava elementos da filosofia grega com o judaísmo. Esse movimento que cresceu na igreja de Colossos, ensinava que os cristãos estavam sujeitos a uma diversidade de forças espirituais que precisavam ser apaziguadas por meio da veneração, do ascetismo e da observância de dias santos especiais [Wikipedia; Bíblia de Estudos de Genebra].
Paulo, portanto, escreve a sua carta aos cristãos colossenses para afirmar a supremacia e suficiência de Cristo e que os cristãos devem viver na dependência dEle e não de outros poderes. Tanto na criação, quanto na redenção, Jesus tem a primazia, a superioridade, ocupa o primeiro lugar. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl. 1.13). Assim como o povo de Israel foi liberto da escravidão do Egito e, mais tarde, do cativeiro da Babilônia, os colossenses foram libertos do império das trevas. Paulo via a humanidade fora de Cristo como estando sob o domínio do reino das trevas, o governo perverso de Satanás, mas, em Cristo Jesus, que se entregou a si mesmo pelos nossos pecados (Gl. 1.4), devemos dar graças ao Pai pela nova vida que nos fez idôneos à parte que nos cabe da herança dos santos na luz. Devemos, portanto, viver de modo digno do Senhor (Cl. 1.12).
Os colossenses precisavam entender que uma libertação espiritual havia acontecido na vida deles. É, justamente, por ter esse entendimento que passamos a desfrutar da redenção e remissão de pecados, e isso só é possível por intermédio de Jesus Cristo. Ele é quem tem a suficiência para promover a mudança completa na vida das pessoas.
Através do seu sacrifício na cruz, Jesus efetuou a redenção para salvar todos aqueles que creem. Se antes éramos inimigos, agora, Deus nos reconciliou por meio de Jesus Cristo. Portanto, seria e é uma tolice acreditar em alguma filosofia pagã. Seria voltar ao estado de inimizade.
Paulo faz questão de afirmar que toda libertação dependia da permanência dos colossenses na fé, alicerçados e firmes, não se deixando afastar da esperança do evangelho que ouviram o que foi pregado (Cl.1.23).
Paulo, aos colossenses, exaltou Cristo como supremo e suficiente sobre todas as coisas e como a fonte de toda a sabedoria (Cl.1.15-20 e 2.2-3;9).
